FITOTERAPIA UTILIZADA EM COMUNIDADES AFRO-INDÍGENAS PARA ANIMAIS E PESSOAS

phytotherapy used in afro-indigenuos communities for animals and people

Autores

  • Daniel de Azevedo Silva Costa Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
  • Sérgio Ricardo de Andrade Virgínio Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
  • João Vinicius Barbosa Roberto Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
  • Maria Das Graças Nogueira Ferreira https://orcid.org/0000-0002-8041-374X
  • Álisson Fernando Soares Batista Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
  • Maiza Araújo Cordão Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17695/rcsne.vol23.n1.p26-36

Palavras-chave:

candomblé, etnobotânica, Fitoterapia, Matriz africana, Saber popular

Resumo

A etnobotânica é o estudo etnográfico das plantas e ervas transmitidas pela oratória de um determinado grupo étnico. A religião de matriz africana, o candomblé, guarda e transmite conhecimentos medicinais em suas práticas tais como uso de ervas e plantas que, em seu contexto bioquímico, possuem eficácia contra diversas patologias clínicas. Com a indústria farmacêutica em crescimento, também é ampliado na ciência o contexto de pesquisa de novos fármacos e opções para o tratamento medicinal, surgindo assim à medicina fitoterápica. Além da redução do custo econômico, por se tratar de uma matéria prima abundante, ou seja, muito presente até mesmo nos quintais de suas casas, a fitoterapia fornece uma variedade de opções terapêuticas eficientes para tratar patologias. Objetivo do trabalho foi identificar os conhecimentos medicinais fitoterápicos utilizados em algumas comunidades de matriz africana no município de João Pessoa-PB. Foram realizadas entrevistas através de um questionário com babalorixás e yalorixás do município. As informações coletadas dos sacerdotes trouxeram diversos conhecimentos como o uso do O. basilicum (manjericão) no tratamento de cólica em crianças recém-nascidas, problemas respiratórios e estomacais. Os conhecimentos fitoterápicos por sacerdotes em comunidades afros são amplos e aplicáveis no tratamento para várias patologias. 100% dos sacerdotes alegaram já terem usado ervas e plantas para tratar filhos da casa, e 80% dos sacerdotes para tratar animais-não-humanos, dentre as ervas e plantas citadas, algumas são: espinho-de-porco, são gonçalinho, tipí, mastruz, aroeira, caapeba, babosa, hortelã-pimenta, mirra, boldo, alecrim, manjericão, e foram tratadas doenças infeciosas, gastrointestinais, dores, feridas, até mesmo infecções mais complexas como a pneumonia. Observou-se que os sacerdotes utilizam diversas plantas e ervas medicinais para várias sintomatologias, desde usos tópicos à usos orais, tanto em humanos quanto em animais. O que nos traz a possibilidade do uso desses conhecimentos na medicina de saúde única.

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Publicado

2025-04-30

Como Citar

Costa, D. de A. S., Virgínio, S. R. de A., Roberto, J. V. B., Ferreira, M. D. G. N., Batista, Álisson F. S., & Cordão, M. A. (2025). FITOTERAPIA UTILIZADA EM COMUNIDADES AFRO-INDÍGENAS PARA ANIMAIS E PESSOAS: phytotherapy used in afro-indigenuos communities for animals and people . Revista De Ciências Da Saúde Nova Esperança, 23(1), 26–36. https://doi.org/10.17695/rcsne.vol23.n1.p26-36

Edição

Seção

Ciências da Saúde/Artigo Original

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